Bom, na verdade não é um post de dicas, mas sim de desabafo.
Mas antes vou dar um resuminho pra ficar mais claro o que vou escrever.
Sou de São Paulo, me formei lá, em Publicidade, atuei na área, aí fui morar no Japão por um tempo, pra fazer um pé de meia com meu marido.
Ok. Ficamos lá 2 anos, e viemos direto pra Floripa, compramos nossa casa, e já estávamos tentando engravidar. Muito tempo se passou no total (mais de 2 anos desde o momento que parei de tomar antibb). Mas aí, tinha arrumado um emprego meia boca, e quando me enchi dele e resolvi sair, 15 dias depois descobri que estava grávida. Beleza, maravilha, estava esperando há tanto tempo, e o salário era tão baixo que nem pestanejei, vou curtir minha gravidez plena e bela.
O tempo voou, a barriga cresceu, a Isis nasceu, aí os cuidados com ela, enfim, tudo aquilo que já sabemos.
E esse ano, comecei mais ativamente buscar meu retorno ao mercado de trabalho.
Eu trabalho desde meus 17 anos... o que significa experiência profissional de 15 anos aproximadamente. Alguns destes, já na minha área de formação e os restantes em área administrativa. Bom, imaginei ter boas chances de conseguir algo bacana, com minha experiência, vivência no exterior, inglês e muita vontade de voltar a trabalhar. E afinal de contas, tinha passado apenas pouco mais de 1 ano parada.
Mas quem disse que foi assim? Milhares de currículos espalhados pela cidade. Alguns entraram em contato, mas a maioria acho que nem se deu conta do meu e-mail.
Destes que entraram em contato, grande parte era para telemarketing (não tenho nada contra a profissão, mas realmente não é minha praia – e já tentei muitas vezes). E uma outra parte, era algo de possivelmente bacana, mas nada falavam pelo telefone, só se eu fosse até lá conversar.
Bom, destas que decidi arriscar de conversar às cegas, tinha de tudo. Em sua maioria salários muito baixos. Mas nem tudo foi ruim. Tive propostas de vagas muito legais, salários bons e tal. Sempre fui até a fase final. E por que nada deu certo? Sei lá, a gente acaba sempre tentando achar um motivo. Em algumas vagas acho que o fato de ter uma filha pequena e não ter família por perto influenciou totalmente. Afinal, na área de Marketing/Publicidade, às vezes acontecem coisas que não dá pra ter um horário certinho de sair. E como eu faria pra buscar minha filha na escola? Meu marido está trabalhando e estudando. Ou seja, menos um ponto.
Uma ou outra vaga ficou bem claro que o motivo era esse. No momento da entrevista, quando fui questionada sobre a maternidade, a entrevista instantaneamente se resumiu a “Ótimo, vamos continuar o processo e entraremos em contato”.
Poxa, ser mãe reúne tantas qualidades e competências extras! Será que ninguém vê?
Então, o que pensar? O que fazer? Que rumo seguir?
Volto então a estudar pra concurso, onde minha vida pessoal não influencia na minha competência, e o que conta é totalmente meu esforço para conseguir passar.
Aliás, se alguém tiver alguma dica de como retornar ao mercado de trabalho pós-filho, me avisem, porque eu não sei.
Ficou com cara de mega desabafo, mas não é para tanto.
Eu retomei meus estudos, minha vida de concurseira, aliás, vou já encerrando o post que ficou bem grande para estudar!
