Por isso...

Aqui teremos papos, desabafos, dicas, receitas e tudo que possa facilitar nossa correria diária de ser mulher, mãe e tal

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Dá pra negociar?


Segunda feira e preciso vacinar meu bebê. Como meu filho mais velho está de férias, vai junto ao posto de saúde. No carro, lembro de olhar a carteirinha de vacinação do Arthur: “bingo”, o menino também tem duas picadas para receber!

Aviso ao pequeno que ele também será vacinado e um escândalo se inicia! Ele resolve que não vai tomar vacina nenhuma, grita e chora tentando me convencer da decisão que tomou. Como assim, uma pessoa com 4 anos resolve se vai ou não ser vacinada?

A atitude da criança mexe com a gente, meu marido e eu ficamos mais fortes em nossa ideia de vaciná-lo. Incrível como o desafio dele nos inflama!

Conversamos, argumentamos, mas a decisão está tomada, não há espaço para negociação. É inadmissível que ele resolva o que deve ou não ser feito, ao mesmo tempo admiro sua tentativa...

Como saber o que pode ser negociado e o que nem precisa ser discutido com uma criança? Vacinação com certeza não é um dos itens a serem conversados! (Sei que muito se questiona sobre as vacinas, mas acredito que elas cumprem um papel importante, que seus benefícios são muito maiores do que os riscos inerentes).

Tenho pensado muito sobre isso: quando a escolha de uma criança pode ser aceita em questões maiores do que o brinquedo de natal ou a brincadeira do dia a dia?

Arthur tenta diariamente decidir pequenas e grandes situações em nossa casa, e mesmo que não consiga muitas vezes, o ciclo choro e desafios tem nos deixado bem cansados.

Me pergunto se todas as crianças saudáveis e inteligentes tentam dar a última palavra, se a chegada do irmão intensificou essa fase, se é do temperamento do meu filho ou se, simplesmente, temos falhado nesse ponto.

Esse post é mais uma reflexão, não tenho uma resposta pronta. Quem disse que educar filhos é uma tarefa fácil? Quem não tem filhos, só pode...

Amo meus filhos mais do que tudo no mundo, mas a verdade é que nem tudo são flores. Tenho várias questões não respondidas, algumas frustrações e muitas encucações que mudam conforme eles crescem...

Sobre a vacina, Arthur tomou as duas picadas em meio a gritos. A perninha ficou doendo o dia todo e no final da tarde precisou de algo para diminuir o incômodo, estava mancando e reclamando bastante.

Pelo menos temos mais alguns anos até a próxima vacina...

12 comentários:

disse...

Ai Lu, nem me fale sobre essas negociações, passo por isso tbm, mas apenas com o Gabriel, o Lucas sempre foi muito tranquilo e compreendeu super bem, basta apenas conversar sabe, explicar e pronto, mas o Gabriel... rola sim esse tipo de negociação/troca.. se é certo ou não, não sei.. mas tem situações q olha essa parece a única saída. Como se determinadas ele só fizesse com algum tipo de recompensa em troca sab, são coisas bobas, como 1 pirulito, ou assistir tv, ou jogar no pc.. mas mmsmo assim né.
E realmente eles não veem com manual, e cada dia é uma situação e fase nova pra gente aprender a lidar né??
Mas vamos em frente, acredito que estamos no caminho certo, mais acertando do que errando, rss.
Beijos em vc e nos koalas lindos.

Tati disse...

aí Lu, só mudamos de endereço mesmo...aqui tá um tal de dar a última palavra que vou te contar, viu?
mas é bem isso temos bancar qdo falamos...bjs, bjs

Dani Brito disse...

Lu, acho que só deveríamos nos preocupar diante de uma passividade absoluta.
Eles sentem vontades e querem se fazer respeitar. Lógico, que sem critério nenhum.....e é bem aqui que entramos, negociando o negociável ou frustrando suas expectativas.

Ah, passei por isso, viu? Dos 3-4 anos da Bia. Serve se consolo? hahaha

Daya disse...

Lu, adorei o post.
Por aqui tb, a Maya, em geral, quer decidir tudo. Ás vezes me divirto com isso, ás vezes cansa, haja paciência!
Mas concordo com o que a Dani falou, a passividade completa é que é preocupante!
Pelo menoas assim temos indícios de que eles, ao se tornarem adultos, terão convicções e correrão atrás de seus objetivos!!

bjkas em todos

Tati disse...

Também acho que se fosse um "sem opinião" seria terrível! Estou na mesma que vc Daya, Às vez me divirto outras me canso. Mil vezes assim!
bjs, bjsrefist

Lulu disse...

Gurias, também penso assim, mas é tão bom ouvir de vcs...
Ando cansada e sobra até para as minhas certezas sobre educação!
Minha idéia com esse post era justamente essa: ler opiniões e continuar a conversa!
Bjs bjs bjs!

Kelly Zanin disse...

Oi Lu, não sou muito de negociar ainda, o meu tem só 2 anos e ainda quem manda aqui sou eu..rss mas o Gio tem um pavor só de chegar na frente do posto de saúde ou na clinica médica, ele tem trauma de criança que já ficou internada e olha que ele nunca ficou internado...
mas assim vamos aprendendo e errando na educação dos pequenos..

Marina Tiso disse...

Lu, essa cena se repete com o Lipito também!

Percebo que as coisas pioram quando ele é pego desprevenido. Aliás, até coisas boas como uma viagem, se o pega de última hora ele se sente invadido.

Receita não há, mas percebo que tudo melhora com muita conversa, nosso apoio e solidariedade, mostrarmos que realmente não há outra saída e que, infelizmente, nem tudo podemos escolher nessa vida!

No fundo eles sabem que queremos o melhor para eles, mesmo que doa, não é?!

Beijoooooocas!
Estou amando o blog!

Eu...rs...vcs sabem quem! disse...

Apesar de muitos traumas causados por minha infância, não me lembro de nenhum, por ter discordado da situação.
Meus pais sempre foram rigídos (até demais)
Hj vejo crianças indo dormir quando querem, comer o que querem, vestir-se como desejam. Na minha opinião isso é errado. Vc pode perguntar pro seu filho se ele prefere suco de cenoura ou de beterraba....mas não deixar ele descidir que quer refrigentante!
A vacina é muito importante e vejo q vc fez certo Lu.
Crianças devem ser iniciadas no processo de tomar decisões, porém não nas vezes em que sua saude está em risco.
Negociar é nato do ser humano. porém ainda não lhes cabe saber o q é certo ou errado. E cabe ao pais cuidarem dessa parte.
E convenhamos, a hora que a criança aprende q o choro é uma moeda forte, danou-se!

Carla disse...

aqui em casa tbém está assim, um tal de acha que pode tudo, firmeza é minha palavra final, mas que está difícil tá!!!!

Carla disse...

aqui em casa tbém está assim, um tal de acha que pode tudo, firmeza é minha palavra final, mas que está difícil tá!!!!

Lulu disse...

Gurias, lendo vcs, pelo menos tenho certeza que meu filho não é o único que acha que pode dominar o mundo! Força nas perucas!!
Bjocas em todas!