Por isso...

Aqui teremos papos, desabafos, dicas, receitas e tudo que possa facilitar nossa correria diária de ser mulher, mãe e tal

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Retorno ao trabalho após a maternidade

Bom, na verdade não é um post de dicas, mas sim de desabafo.
Mas antes vou dar um resuminho pra ficar mais claro o que vou escrever.

Sou de São Paulo, me formei lá, em Publicidade, atuei na área, aí fui morar no Japão por um tempo, pra fazer um pé de meia com meu marido.

Ok. Ficamos lá 2 anos, e viemos direto pra Floripa, compramos nossa casa, e já estávamos tentando engravidar. Muito tempo se passou no total (mais de 2 anos desde o momento que parei de tomar antibb). Mas aí, tinha arrumado um emprego meia boca, e quando me enchi dele e resolvi sair, 15 dias depois descobri que estava grávida. Beleza, maravilha, estava esperando há tanto tempo, e o salário era tão baixo que nem pestanejei, vou curtir minha gravidez plena e bela.

O tempo voou, a barriga cresceu, a Isis nasceu, aí os cuidados com ela, enfim, tudo aquilo que já sabemos.
E esse ano, comecei mais ativamente buscar meu retorno ao mercado de trabalho.
Eu trabalho desde meus 17 anos... o que significa experiência profissional de 15 anos aproximadamente. Alguns destes, já na minha área de formação e os restantes em área administrativa. Bom, imaginei ter boas chances de conseguir algo bacana, com minha experiência, vivência no exterior, inglês e muita vontade de voltar a trabalhar. E afinal de contas, tinha passado apenas pouco mais de 1 ano parada.

Mas quem disse que foi assim? Milhares de currículos espalhados pela cidade. Alguns entraram em contato, mas a maioria acho que nem se deu conta do meu e-mail.
Destes que entraram em contato, grande parte era para telemarketing (não tenho nada contra a profissão, mas realmente não é minha praia – e já tentei muitas vezes). E uma outra parte, era algo de possivelmente bacana, mas nada falavam pelo telefone, só se eu fosse até lá conversar.

Bom, destas que decidi arriscar de conversar às cegas, tinha de tudo. Em sua maioria salários muito baixos. Mas nem tudo foi ruim. Tive propostas de vagas muito legais, salários bons e tal. Sempre fui até a fase final. E por que nada deu certo? Sei lá, a gente acaba sempre tentando achar um motivo. Em algumas vagas acho que o fato de ter uma filha pequena e não ter família por perto influenciou totalmente. Afinal, na área de Marketing/Publicidade, às vezes acontecem coisas que não dá pra ter um horário certinho de sair. E como eu faria pra buscar minha filha na escola? Meu marido está trabalhando e estudando. Ou seja, menos um ponto.
Uma ou outra vaga ficou bem claro que o motivo era esse. No momento da entrevista, quando fui questionada sobre a maternidade, a entrevista instantaneamente se resumiu a “Ótimo, vamos continuar o processo e entraremos em contato”.

Poxa, ser mãe reúne tantas qualidades e competências extras! Será que ninguém vê?
Então, o que pensar? O que fazer? Que rumo seguir?
Volto então a estudar pra concurso, onde minha vida pessoal não influencia na minha competência, e o que conta é totalmente meu esforço para conseguir passar.
Aliás, se alguém tiver alguma dica de como retornar ao mercado de trabalho pós-filho, me avisem, porque eu não sei.

Ficou com cara de mega desabafo, mas não é para tanto.
Eu retomei meus estudos, minha vida de concurseira, aliás, vou já encerrando o post que ficou bem grande para estudar!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Não Podemos Perder Esse Tempo

Quando a Tati pediu para eu escrever alguma coisa para o blog sobre minha vida corrida de mãe, mulher e profissional pensei: - Meu Deus, preciso arranjar um tempo para isso!! E aqui, estou, escrevendo, e muito feliz por ser uma convidada desse blog que adoro.

Há pouco estava deitada tentando descansar de mais um dia extenso, tentando dormir para estar em pé as 6 e 30 da manhã para outro dia daqueles, básico. Então, pensando no que eu poderia escrever me veio à cabeça algumas idéias, e para não perdê-las, levantei, peguei um dos meus cadernos de estudo, uma caneta e vim para o meu quarto tentar passar o que me apareceu na mente. Pensei comigo, nada melhor do que falar da minha vida atual e da minha rotina diária corrida de sempre.

Nada diferente da vida de qualquer mãe com trabalhos a fazer, sejam esses dentro ou fora de casa, marido para dar atenção, casa para manter e limpar, saúde para cuidar, filhos para dar atenção, entre outras coisas que todas nós sabemos bem. Entretanto, vou contar outra parte da minha rotina que “tenta” tomar o pouco do tempo que me resta.

No final do ano passado conclui minha segunda faculdade, de Educação Física, e estava disposta a iniciar minha carreira de professora. Porém, a realidade não me animou muito e caiu como uma decepção para mim. Apesar de eu amar a educação física, adorar trabalhar na área (no momento é meu ganha pão) e respeitar muito quem se dedica exclusivamente a ela, eu vi que precisava de algo que me desse mais estabilidade e segurança. Pensei então em prestar concursos públicos para minha outra área de formação, a Administração. Iniciei meus estudos sozinha, com livros e apostilas da internet, fiz algumas provas, mas como sei que nessa vida de concurseira o resultado demora e a FILA é grande tenho calma para esperar a minha vez.

Para passar em uma prova de concurso atualmente, a pessoa, ou é super inteligente (super dotada mesmo) estuda pouco e passa, ou tem muita sorte de cair na prova o que ela sabe bem, ou estuda em tempo integral, se dedica exclusivamente a isso para conseguir. E como sei que essa fila é grande, tenho a consciência de que pra mim ela é maior ainda. Sabem por quê? 

Porque eu tenho um bem precioso, um filho que precisa de mim e quer minha atenção. O tempo que tenho em casa, que poderia estar estudando, dedico a ele quando está acordado. Não quero perder um tempinho sequer do seu crescimento e desenvolvimento, e tenho isso muito bem preservado na minha cabeça. Dinheiro ou carreira pública nenhuma vai pagar e me devolver esse tempo que não volta mais, e também não vai me trazer os frutos que estou plantando agora para colher no futuro. 

Diante de tudo isso eu estou tranquila e não me importando se demorar 2, 3, 4 ou até 5 anos para eu conseguir o que quero. Procuro sempre aproveitar cada dia, cada hora, minutos e segundos que tenho livre com ele, mesmo sendo pouco. Deixo de lado todos os meus cadernos, vídeo-aulas que tenho para assistir e louças para lavar para ficar brincando de carrinho, de fazer cabana, de quebra cabeça, pintando um livro ou vendo desenhos. Sei que esse pouco tempo que temos juntos , ao menos durante a semana, é valioso e por esse motivo aproveito o máximo do máximo ao lado do meu parceirinho. Acho que por isso a nossa cumplicidade e parceria é tão grande, e o resultado é mais que positivo para vida dele. O amor e carinho que ele demonstra em cada atitude, palavras e frases (que, diga-se de passagem, surpreendentes ultimamente) me fazem pensar e ver que estou no caminho certo. Então mães, o que não podemos é perder esse tempo, valorizem cada atitude, cada momento e cada gesto com seus filhos para que no futuro tenhamos adultos melhores...
Beijos, GUTA!!!!


Uma mensagem aos pais
Um menino, com voz tímida e os olhos cheios de admiração, pergunta ao pai, quando este retorna do trabalho:
- Papai! Quanto o Sr. ganha por hora?
O pai, num gesto severo, respondeu:
- Escuta aqui meu filho, isto nem a sua mãe sabe! Não amole, estou cansado!
Mas o filho insiste:
- Mas papai, por favor, diga quanto o Sr. ganha por hora?
A reação do pai foi menos severa e respondeu:
- Três reais por hora
- Então, papai, o Sr. poderia me emprestar um real?
O pai, cheio de ira e tratando o filho com brutalidade, respondeu:
- Então era essa a razão de querer saber quanto eu ganho? Vá dormir e não me amole mais, menino aproveitador!
Já era tarde quando o pai começou a pensar no que havia acontecido e sentiu-se culpado. Talvez, quem sabe, o filho precisasse comprar algo. Querendo descarregar sua consciência doida, foi até o quarto do menino e, em voz baixa, perguntou:
- Filho, está dormindo?
- Não papai! (respondeu o sonolento garoto)
- Olha, aqui está o dinheiro que me pediu, um real.
- Muito obrigado, papai! (disse o filho, levantando-se e retirando mais dois reais de uma caixinha que estava sob a cama).
Agora já completei, Papai! Tenho três reais. Poderia me vender uma hora de seu tempo?

"Será que estamos dedicando tempo suficiente aos nossos filhos?"

Autor: desconhecido

A Guta é amiga querida e mãe do Rian que é um fofo e nossa convidada do mês. Obrigada por ter aceito o convite e dividir esta "correria" conosco!
Beijos, beijos
Tati


quarta-feira, 28 de julho de 2010

O Aniversário de 8 anos do Lucas



Nesse mês o meu filho mais velho, o Lucas completou 8 anos, ele mesmo que decidiu o tema da festa: "Corinthians", time do coração e que esse ano completou o tal centenário. O Lucas se tornou corinthiano por influência do padrinho e do avô paterno, que desde que ele era pequeno compravam roupinhas e acessórios do time, meu marido é São Paulino, então imaginem a confusão, rs.

Tema decidido, comecei os preparativos. Geralmente as festas dos meus filhos eu comemoro na minha casa, pois eu que faço quase tudo, decoração, docinhos, monto a mesa de guloseimas e a do bolo, e também porque eu tenho um quintal bem espaçoso onde consigo acomodar todos os convidados e ainda colocar alguns brinquedos para a criançada, mas neste ano resolvi fazer diferente e aluguei um salão de festas que tem duas quadras de futebol em anexo para rolar aquele futebol durante a festa.


Outra coisa diferente esse ano, foi convidar todos os meninos que estudam com ele, sim apenas os meninos, não me pergunte exatamente por que, mas ele está naquela fase de 'meninas são chatas". Como eu não tenho muita intimidade com a mães dos amigos dele da escola, entreguei um convite para cada amigo, e em seguida peguei a relação de telefones das famílias na secretaria da escola. Comecei a ligar para cada mãe, me apresentei, reafirmei o convite, e não é que deu super certo, todos os amigos da escola foram, e meu pequeno ficou radiante.

Comecei a pesquisar algumas opções de guloseimas para a criançada e resolvi testar três receitas que encontrei: Danoninho de tang, Mini Hamburguer e o famoso brigadeiro de copinho, foi um sucesso, todo mundo adorou, e eu também pela super praticidade.

Seguem as receitas:

Danoninho de Tang
1 Lata de leite condensado
1 Lata de creme de leite
1 Potinho de iorgute natural
1 pacotinho de suco de morango

Modo de fazer:
Bater tudo no liquidificador e separar em pequenas porções e levar a geladeira por algumas horas e depois servir.















Mini Hamburguer
20 Mini pãezinhos de Hamburguer
10 carnes de hamburguer
Alface picado
Tomate picado
Maionese a gosto
Queijo cortado em quadradinhos

Modo de Fazer:
Esse é super simples, o que eu fiz de diferente foi assar a carne do hamburguer, ficou super leve e saborosa, ai depois eu dividi ao meio e fui montando o mini hamburguer, uma camada de cada ingrediente.











Brigadeiro de Copinho
1 Lata de leite condensado
1 lata de creme de leite
3 colheres bem fartas de Nescau
1 colher de margarina

Modo de Fazer:
Da mesma forma de como se faz o brigadeiro, aí quando estiver quase no ponto do brigadeiro, você desliga e acrescenta o creme de leite e mistura bem até incorporar todo creme de leite, distribua nas tacinhas e leve a geladeira por algumas horas e depois sirva.












A festa foi muito bacana, o Lucas estava radiante, feliz e essas três receitas são super práticas e deram um toque todo especial na festa, além disso dá para fazer a qualquer hora, qua tal convidar seu pequeno (a) para te ajudar e fazer alguma dessas delícias durante as férias, depois conte como foi essa experiência.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Falando em férias, cinema e filhos...


Marido viajando novamente e filhote em férias, preciso organizar algo para o dia dele, mas não sem antes passar a manhã na obra do nosso apartamento com meu bebê de 8 kgs nos braços. Depois de falar com a arquiteta, ouvir reclamações de pedreiro – que está super atrasado e reclama do gesso feito antes da fiação estar acabada, fazer orçamento com o marceneiro e com o cara da marmoraria, voltei correndo para casa, minha ajudante sai no final da manhã e Arthur estava com ela...
Vamos ao shopping, almoçar, comprar presente para um amiguinho e brincar naqueles parquinhos fechados. Por que não um cineminha? Sim, encaro cinema com Arthur e Rafael, meus dois filhotes coalas, no início da tarde. Toy Story 3, lá vamos nós!
Deixei o Rafa bem cansado, assim imagino que deva dormir toda a sessão e deixar que eu e Arthur assistamos tranqüilos ao desenho...
Vou cambaleando até a sala do cinema com um bebê, um refrigerante enorme, dois pacotes de pipoca, um brinquedinho e minha bolsa nas mãos. Arthur vai ao lado segurando seu suco. Depois de sentar e conseguir achar lugar para tudo, Rafa dorme antes das luzes apagarem. Tudo pronto, que o filme comece!
Toy Story 3 inicia e eu caio no choro! Ao todo, choro 3 vezes no filme! Filhos crescendo e indo embora, brinquedos sem donos, provas de amizade? Ando sensível, só pode... O que sei é que o filme me emociona, saio de lá com um aperto no peito.
O Rafael? Dormiu metade do filme, no restante do tempo assistiu e conversou com a tela...
Chegamos em casa, estou exausta, meu corpo dói, meus braços e ombros pedem descanso, mas não é isso que encontro: banho nos pequenos e janta. Quando eu acho que estamos quase indo para cama, os dois parecem ligados na tomada. Arthur dá cambalhotas, pula, joga bola e começa a ficar suado, apesar do frio que faz nos últimos dias. Hoje era dia de jantar com minhas amigas aqui do blog, mas estou sem condições. Fico triste de faltar em mais esse encontro, mas ando cumprindo tabela.
Rafael resolve fazer o maior cocô da semana, está sujo até nas meias! Lá vou eu para mais um banho no anjinho. Acontece que meu bebê tem dermatite atópica e todo banho significa um segundo banho de hidratante. Só consigo sentir meu corpo pedindo um banho quentinho e massagem relaxante... Arthur dorme logo que deita, mas Rafa dorme e acorda várias vezes. 23h e estou na sala com a TV ligada e com um bebê no colo.
Acordei com uma fralda suja novamente, o dia começa. Consigo um tempinho e leio o blog do Carpinejar, entre um quebra-cabeça e uma mamada, fala dos filhos crescidos, que deixam de dar as mãos às mães. Choro mais uma vez. Me dou conta que todo esse cansaço é momentâneo, que logo eles nem precisarão mais das minhas mãos, do meu colo. Preciso aproveitar tudo, muito! Bom saber que apesar do tanto de sono que sinto e do meu corpo pedindo folga, não existe nenhum outro lugar no mundo onde eu gostaria de estar. Estou no meu lugar no mundo, o lugar aonde escolhi com todo o coração estar.
Por eles eu corro e amo demais...

domingo, 25 de julho de 2010

CRIANÇA NÃO DEVERIA FICAR DOENTE. PRONTO, FALEI!!

Julho está sendo punk.
A Maya estava com uma amigdalite bacterial braba no início do mês, que a deixou 1 semana com febre, inapetente e muito "caidinha". A menina já era magra, virou um palito (pro meu desespero). Como já dizia minha vó "depois da tempestade, vem a bonança", e a bichinha curou-se, voltou com um apetite voraz e recuperou o tempo e peso perdidos.
Mas...
Ontem a tarde a febre resolveu bater na porta novamente e isso me deixa enlouquecidamente descontrolada. Quando a Maya começa a ficar doente, imediatamente se instalam aquelas vozes internas, como se fossem um anjinho e um diabinho soprando em meus ouvidos, um me desesperando, outro me acalmando.
Nessa madrugada foi uma tormenta, minha filhota, além de reclamar da garganta estar doendo e estar com o narizinho entupido, reclamava de dor de cabeça e no pescoço, mais precisamente na nuca. Pronto, me desesperei achando ser a monstra das doenças, A Meningite! E a "voz" do anjinho falava: "você deu todas as vacinas, não é nada grave, ACALME-SE!".
Entre pesquisas na internet sobre os sintomas da doença e choros (meus), fomos levar a Maya no Hospital Infantil. Diagnóstico inicial de virose, observar. Ainda estou aflita, mas a médica me garantiu e me convenceu não ser meningite.
Gente, agora me diz, porque criança precisa ficar doente? Eu daria o mundo pra ter todas as doenças de minha filha, já sou grande e muito, muito mais resistente.
Num mundo perfeito um bebê nasceria com todos os anticorpos que temos quando adultos, ou melhor, num mundo mais que perfeito nenhuma criança ficaria doente!!!
Tenho muitas dificuldades em lidar com enfermidades, me vem logo à cabeça o pior (toc,toc,toc - isola!). Não consigo ver minha princesinha doente, abatida, sem apetite e disposição para brincar e fazer suas molecagens. Aliás, não consigo ver nenhuma criança nesse estado.
Torçam para que minha filhota se recupere logo e que o que ela tenha não passe dessas viroses-sem-nome-e-inexpliváveis que habitam o nosso inverno.
Beijos chorosos,










sexta-feira, 23 de julho de 2010

Enfim, férias



É isso aí, minha gente, as férias chegaram!!!! (dancinha)
E eu vou viajar!!! (mais dancinha)

Escolhemos o destino: Buenos Aires. Uma cidade romântica, destino de muitos casais em lua de mel. Lugar perfeito pra mim, meu marido e ...........meus filhos!!! Peraí, filhos? Sim, eles vão conosco. Será uma lua de mel em família. Momento de se desligar de tudo, de largar a rotina, de fortalecer laços.

Fizemos pesquisa em várias agências de viagem e percebemos que os pacotes oferecidos eram todos muito iguais. E, óbvio, nada que incluísse criança! Decidimos viajar por conta própria e bolar nosso próprio roteiro. Ao invés de um luxuoso hotel, optamos por locar um apartamento por temporada. Existem várias imobiliárias oferecendo esse serviço e nós escolhemos essa aqui. Isso garantiria mais conforto e me deixaria mais a vontade para preparar comidinhas pros pequenos durante a noite, onde pretendemos desacelerar e de quebra, ofereceria um ambiente mais acolhedor, menos impessoal.

Viajar já exige planejamento. E com crianças, este deve ser minucioso. Nas minhas pesquisas pela internet, me deparei com um blog maravilhoso, cheio de informações sobre programas para serem feitos em família, de uma jornalista que vive em BUE e tem dois filhos, like me. O texto dela é maravilhoso e completo, com endereços, horários de funcionamento, melhor dia para visitação e preços. Além disso, ela disponibilizou links super úteis, que dá para saber do clima a cotação do peso! Isso não é um luxo?

O próximo passo e mais difícil seria o de montar o roteiro. Compilei todas as informações relevantes e procurei mesclar interesses de adultos e de crianças. E, olha, me surpreendi com a infinidade de atrações pros pequenos! Obviamente, esse roteiro vai nos nortear, não devendo, portanto, ser cumprido com rigor espartano. Tudo vai depender da disposição dos filhos para cumpri-lo. Não podemos e não devemos forçar a barra! Tudo tem que ser leve e descontraído, afinal, estamos de férias.

Aqui algumas dicas para quem viaja com crianças:

•Sempre que viajo de avião, levo o kit passatempo: brinquedinho preferido + gibis + livros para colorir + giz de cera. O que não vale é andar desprevenida. E, sempre faço uso desse kit durante os passeios também. É bom levar uma muda de roupa. O DVD portátil pode ser um grande aliado para vôos mais longos, com conexões, escalas. Importante ressaltar, que é prudente levar um fone de ouvido, para não incomodar os outros passageiros.

•Sempre escolho vôos que coincidam com o horário de sono deles. E tem dado certo.

•Nunca confio no lanche oferecido durante o vôo. Tenho sempre comigo caixinhas de suco, frutinhas desidratadas e alguns biscoitinhos. Se seu filho for bebê, e precisar consumir papinhas, mamadeiras, os comissários de bordo esquentam sem problema.

•Durante os passeios, tenho sempre a mão biscoitinhos e barrinhas de cereal. Com isso, dou uma controlada na fome até achar um lugar pra comer.

•Apesar de meu filho mais novo ter dois anos, optei em levar o carrinho. (estilo guarda-chuva. Leve e prático). Acaba sendo uma base de apoio. Você também tem direito a levar o carrinho do seu filho até a aeronave. Assim, quando você chegar ao seu destino, já sai chique e bela empurrando-o porta afora.

•Procurar entender a viagem do ponto de vista dos pequenos é uma grande sacada. Os passeios podem ser mais produtivos e eles podem aprender de forma lúdica sobre a história do lugar e de seus moradores. Uma dica que vi na net, é montar uma caixa de lembranças da viagem. A criança vai enchendo a caixa com tudo o que ela achar válido para lembrar essas férias depois. Vale entradas de museu, de cinema, pedrinhas, brinquedinhos, embalagem das guloseimas que mais gostou.... a la vontê.

•Não querer ter a mesma rotina que tem em casa é fundamental para evitar problemas. E a alimentação com certeza não vai ser a mesma que se tem em casa. Isso é fato!

•Levo uma farmacinha básica pra não passar apuros.

•Uma coisa que preciso me controlar: não tentar fotografar tudo o tempo inteiro. Porque, né? Não rola muito, gera estresse e você acaba não aproveitando o presente. (viu, D. Daniele? Controle-se!)

•No mais, é incorporar o Indiana Jones e encarar tudo com leveza e jogo de cintura para desfrutar os bons momentos. Espírito de aventura, companheiras!!! Fé em Deus e tudo sempre acaba dando certo.

E vocês, queridas-amigas-leitoras? Tem mais alguma dica preciosa para compartilhar?
Desejem-me sorte e até a volta.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

12 anos correndo juntos!


Este ano, eu e o Rafa comemoramos a “dozema”! 12 anos de muita cumplicidade, paixão, amor e amadurecimento. Quando me lembro do jeito que tudo começou...dou risada. Sempre fomos apressadinhos, os dois! Namoramos 4 meses, noivamos 1 e num total de 5 meses estávamos casados e morando em Floripa, bem ao ritmo do “não tenho tempo a perder, só quero saber do que pode dar certo”...e até aqui tem dado. Claro que alguns dias dão mais certo do que outros, mas acho que é assim em qualquer casamento de verdade!


Somos diferentes, mas temos muito em comum. Principalmente a vontade de correr em busca dos objetivos, cada um a sua maneira, mas nunca acomodados. Aliás, esta nossa ansiedade de viver é muito bem representada pelo nosso pitoco que não para um minuto, está sempre transformando qualquer brincadeira numa emocionante aventura.

Minha vida nestes 12 anos se transformou tanto, nós nos transformamos tanto e olho para trás e só posso pensar como foi bom “cair no papinho” dele...kkkk...e como sou privilegiada em dividir minha vida com alguém tão especial, apesar de nem sempre dizer isso, apesar de alguns dias reclamar tanto, ele sabe! Sabe sim, né? Te amo, Môr!

Pois pensando o quanto cada ano juntos é gostoso, eis que no dia 7 de julho, me deparo com um dia corrido (novidade!?!) e com a vontade de fazer algo diferente para comemorar esta dúzia de anos!

Inspiração zero, cabeça cheia de coisas para resolver, até que decidi não resolver mais nada e só pensar na jantinha romântica que queria preparar. Abri meu e-mail e lá estava a chamada do post do dia da Bonfa. Corri lá e logo já tive mil idéias, como sempre que visito o blog dela! Sempre com muita criatividade, praticidade e requinte, com certeza a Bonfa planta a sementinha até na menos prendada das criaturas! (se você nunca passou por lá, corre porque você não sabe o que está perdendo).

Saí do PC e corri para a cozinha ver o que tinha para inventar! E tinham poucos ingredientes sofisticados, porém algumas frutas e verduras frescas deram o tom da noite! A quiche de alho poró já tava certíssima! Aliás, desde que peguei esta receita no Rainhas, nunca mais o Rafa quis qualquer comemoração sem esta maravilha! Decidi pelos Verrines porque sempre amei comida de copinho e a ocasião é mais do que apropriada quando são só duas pessoas. Porque verrine para muitos é louça que não acaba mais!

Resumindo, ficou tudo uma delícia! Saladinhas, quiche, espumante e uma sobremesa inventerê mór que ficou o bicho!! Pouco modesta, mas ficou mesmooooo
Saladinha Caprese na colher
Quiche Alho Poró



Sobremesa Inventerê (patrocínio Nestlé)
na base, suco de limão misturado com leite condensado
no meio, maçã picadinha que ficou de molho no suco de limão para não perder a cor e kiwi
- brigadeiro feito com creme de leite
- creme de leite com açúcar para cobertura

Façam hoje mesmo e depois nos contem...
Beijos, beijos

domingo, 18 de julho de 2010

Momento certo de ter um filho, existe?


O instinto materno demorou um pouco a bater na minha porta, confesso. Meu primeiro plano sempre foi me formar, trabalhar, ter uma consistência boa na carreira, e aí sim pensar na vida pessoal. Já meu marido, praticamente desde que nos conhecemos, já falava de sua vontade de ter filhos (e eu fugia disso como o diabo foge da cruz).
Mas porque tanto horror à maternidade? Bom, acho que era medo. Medo de não saber ser mãe, medo de não ter condições financeiras, medo, medo, medo.
Mas quando o instinto aparece, e a gente mergulha neste mundo, aí vemos o quanto os medos se transformam. Sim, nada se cria, tudo se transforma.
Medo de não saber ser mãe??? Isso passa, porque no instante que aquele serzinho tão pequenininho e indefeso chega aos nossos braços, ahhhh.... parece que fazemos um “download” instantâneo do arquivo “cuidados com um recém nascido”.
Eu sequer sabia pegar um bebê no colo. Até então, eu segurando um bebê era uma imagem próxima a uma pessoa segurando uma sacola cheia de ovos. Eu chegava a ter dor no corpo todo de tão tensa.
Trocar fralda, amamentar, fazer dormir, etc etc etc? Nunca! Pensava, como trocar um monte de fralda de cocô? Que nojo! E um bebê acordando toda hora, não me deixando dormir??? (É, eu era bem boa de cama, dormir era meu lema) Então pra mim tudo isso fazia parte de um conjunto de coisas pavorosas, impossível de querer vivenciar.
Mas... enfim, a cegonha resolveu aparecer. E quando minha princesinha veio aos meus braços pela primeira vez, já éramos velhas conhecidas, eu sabia tudo. Sabia o que ela queria, sabia como fazer. Uma conexão total.
Então o medo de não saber ser mãe, ficou totalmente pra trás.
Tudo bem, passei por maus bocados. Tive depressão pós parto. Pra isso eu não tinha me preparado, foi o elemento surpresa que veio nesse pacote “A plenitude de ser mãe”. E foi muito, muito difícil. Mas enfim, depois da escuridão, o sol voltou. E até hoje me pego pensando como fui tola de imaginar que não seria capaz.
Ah, a parte financeira??? Não é fácil, lógico. Esses dias cheguei a uma comparação, não é muito poética, mas enfim.... ter um filho é quase como uma reforma da casa. Você imagina que tem condições financeiras, enfim. Planeja, e começa a fazer. Mas nunca vai ser o suficiente. E aí você corre atrás, sua a camisa, rala muito, e aí as coisas vão caminhando, no final a gente chega lá! Então hoje até penso que para ter um segundo filho, tenho que ter uma estabilidade financeira e tal, mas sabe... quando se fala em filhos, nada é estável. Nada mesmo! E tem sim, uma coisa muito linda e poética nessa história!
Nem o amor que sentimos por ele é estável. É crescente. É devastador. O amor que sinto por minha filha, simplesmente penso que não vai caber em mim. E a cada dia ele cresce mais e mais. Então, com uma força tão gigantesca trabalhando nessa relação de mães e filhos, como um dia pude pensar em ter medo?


sexta-feira, 16 de julho de 2010

O tempo corre demais...

Num domingo de sol fomos a um gostoso restaurante em Itapema e para sermos atendidos, era preciso pegar (acreditem) senha!!!! Um lugar muito gostoso, com atrativos para crianças, linda vista para o mar e comida deliciosa! Não ganho comissão, mas indico aos amigos, chama-se “Recanto da Sereia"  e quem quiser ir até lá, tem que ter paciência, nós esperamos "apenas" 100 pessoas para almoçar, na verdade foi quase um jantar pela demora, rsrsrsrs, mas, a vista compensa e o tempo passa rápido...
Depois do almoço/jantar fomos a praia levar o Gabriel para correr e brincar um pouco e eu para parar um pouquinho. Praia nesta época do ano é difícil, por causa do friozinho, mas contemplar o mar não precisa obedecer a estações...
Sentei na areia e fiquei observando o Gab brincar com o pai, ora sozinho, ora com seus brinquedos. Ao fundo a belíssima paisagem, o mar azul, barulho das ondas, um sossego total.
Neste cenário mágico, comecei a divagar sobre o passado, o presente e o futuro.

Há tão pouco tempo o Gabriel era um bebezinho de colo...
...agora já está um menino de três anos (quase quatro), com muitas vontades, anseios, desejos e opiniões.
Quanto trabalho até aqui. As inseguranças no nascimento, o medo de não dar conta do recado, a adaptação na amamentação, as cólicas, o refluxo, a escolha de dar chupeta ou não, a falta de tempo para até mesmo arrumar o meu cabelo, a escola aos quatro meses de idade, a culpa pela separação e volta ao trabalho.... se eu fosse elencar tudo, faltaria espaço... Mas, foram tantas as mudanças e conflitos vividos em prol de uma vida tão preciosa, que se voltasse ao tempo, não modificaria nada, viveria tudo ainda mais intensamente, ah, que saudade daquele bebezinho tão pequenino!!! Na verdade não tenho mais bebê, ele é o meu garoto que cresce muito rapidamente e ao mesmo tempo que, acho fantástico presenciar seu desabrochar, sinto um frio na barriga de ver o tempo correr.
Os dias passam e meu dou conta que preciso apagar velas! É hora de comemorar, meu aniversário chegou!!!!
Festa surpresa, abraços apertados, mensagens calorosas, muito carinho para enfrentar mais uma etapa da vida!!!
Tudo isso me faz pensar em como está a minha saúde, minha mente, minha VIDA!!!
Até quando conseguirei estar com meu filho, acompanhar seus passos e ver seus pés conquistarem o mundo??? Até quando conseguirei estar com a minha família reunida???
Só Deus sabe!!!! Não sabemos como será o dia de amanhã.
O que nos cabe é vivermos cada instante, superando com coragem o que for preciso, vivenciando e ensinando valores de bem, agradecendo a oportunidade de estarmos juntos e celebrando as pessoas que amamos.
O tempo passa e tudo muda, a paisagem, o lugar, a cidade e as pessoas também, mas o que não muda e o tempo não leva, são os lindos momentos que guardamos no coração...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Coisas simples da vida...



A vida está cada vez mais corrida, parece que as 24 horas de antigamente, não são as mesmas de hoje, e acredito que realmente não são, não falo pelo tempo em si, mas porque hoje nós temos acesso a tantas coisas de uma maneira tão fácil e queremos usufruir de tudo que falta tempo p/ as coisas simples da vida. E quem sabe são essas pequenas coisas que valham a pena de verdade.


Nós mães, temos que nos dividir cada vez mais, em duas, três, para dar conta do recado, onde a sociedade continua colocando uma idéia/pressão de perfeição em cima da mulher, onde quem não consegue dar conta de tudo, filhos, família, casamento, trabalho, estudos, não é perfeita, e é sim julgada pela sociedade, e o pior muitas vezes por outras mulheres também.


O que eu quero dizer com esse post é o seguinte, se você puder, desacelere, faça você o seu ritmo, dite as suas próprias regras, e se alguém vir falar algo para você, responda, sou humana, não sou perfeita, quero apenas ser feliz.


Dê mais valor as coisas que realmente importam na vida, como ficar um dia todo com seu filho sem pensar em nada, brinque muito com ele, se puder, fique sem acessar internet por alguns dias, deixe o celular meio “abandonado”, curta a si própria, tome um banho demorado, cante no chuveiro aquela música que você adora, mas fica com vergonha de cantar na frente dos outros, porque todos acham a bendita meio “breguinha”, saia com suas amigas, dê risada até doer a barriga ( tem coisa melhor?) e pra mim o principal, e que infelizmente anda meio esquecido hoje em dia por todos nós, não sei se pela falta de tempo, ou porque estamos nos tornando cada vez mais individualistas e egoístas, ou por que as pessoas tem receio de expressar seus sentimentos e acabam escondendo o que sentem.

Diga as pessoas que estão ao seu redor o quanto elas são importante para você, fale EU TE AMO, diga para o seu filho o quanto o ama, e faça-o crescer acreditando piamente nisso, falar eu te amo nunca é demais, diga a suas amigas, familiares, pessoas que realmente fazem diferença na sua vida sabe, e não só por e-mail, msn, orkut, facebook, twitter, e sim pessoalmente e com um abraço junto, pois temos que aproveitar enquanto as pessoas estão ao nosso redor fazendo parte da nossa rotina e principalmente fazendo parte da nossa vida.


E você, já disse Eu Te Amo hoje ??









segunda-feira, 12 de julho de 2010

Dá pra negociar?


Segunda feira e preciso vacinar meu bebê. Como meu filho mais velho está de férias, vai junto ao posto de saúde. No carro, lembro de olhar a carteirinha de vacinação do Arthur: “bingo”, o menino também tem duas picadas para receber!

Aviso ao pequeno que ele também será vacinado e um escândalo se inicia! Ele resolve que não vai tomar vacina nenhuma, grita e chora tentando me convencer da decisão que tomou. Como assim, uma pessoa com 4 anos resolve se vai ou não ser vacinada?

A atitude da criança mexe com a gente, meu marido e eu ficamos mais fortes em nossa ideia de vaciná-lo. Incrível como o desafio dele nos inflama!

Conversamos, argumentamos, mas a decisão está tomada, não há espaço para negociação. É inadmissível que ele resolva o que deve ou não ser feito, ao mesmo tempo admiro sua tentativa...

Como saber o que pode ser negociado e o que nem precisa ser discutido com uma criança? Vacinação com certeza não é um dos itens a serem conversados! (Sei que muito se questiona sobre as vacinas, mas acredito que elas cumprem um papel importante, que seus benefícios são muito maiores do que os riscos inerentes).

Tenho pensado muito sobre isso: quando a escolha de uma criança pode ser aceita em questões maiores do que o brinquedo de natal ou a brincadeira do dia a dia?

Arthur tenta diariamente decidir pequenas e grandes situações em nossa casa, e mesmo que não consiga muitas vezes, o ciclo choro e desafios tem nos deixado bem cansados.

Me pergunto se todas as crianças saudáveis e inteligentes tentam dar a última palavra, se a chegada do irmão intensificou essa fase, se é do temperamento do meu filho ou se, simplesmente, temos falhado nesse ponto.

Esse post é mais uma reflexão, não tenho uma resposta pronta. Quem disse que educar filhos é uma tarefa fácil? Quem não tem filhos, só pode...

Amo meus filhos mais do que tudo no mundo, mas a verdade é que nem tudo são flores. Tenho várias questões não respondidas, algumas frustrações e muitas encucações que mudam conforme eles crescem...

Sobre a vacina, Arthur tomou as duas picadas em meio a gritos. A perninha ficou doendo o dia todo e no final da tarde precisou de algo para diminuir o incômodo, estava mancando e reclamando bastante.

Pelo menos temos mais alguns anos até a próxima vacina...

domingo, 11 de julho de 2010

OI, POR FAVOR, OBRIGADA.

Desde que surgiu a ideia do blog penso em mil temas quando estou a caminho do trabalho e um deles surgiu quando, sem querer, observava as pessoas na rua. Especialmente as pessoas acompanhadas por crianças, porque pra mim é um momento saudoso, já que quando saio de casa a minha filhota fica dormindo. Sempre olho e penso: "que sorte você tem de começar seu dia ao lado de seu filho".

Sou testemunha de muitos momentos de afeto e ternura entre pais e filhos, mas também de indiferenças e de atos grosseiros. De tudo que vi, dois me marcaram muito: o primeiro foi uma menininha que chorava porque o sapato apertava e a mãe, bufando, lhe mandava calar a boca e andar. O outro foi um menininho que estava comendo um pão de queijo e o deixou cair no chão. Na mesma hora ele falou furioso: "Que merda!". E eu pensei: "Nossa, um menino dessa idade (ele deveria ter entre 3 e 4 anos) falando assim". Imediatamente a mãe dele interveio falando: "Merda?". Daí pensei: "Ufa, ela vai repreendê-lo por ter falado um palavrão". E então ela continuou: "Merda eu, que acabei jogando dinheiro fora!". Fiquei chocada com o que vi e ouvi. A mulher estava mais interessada na grana que gastou com 1 pão de queijo do que com a fome do filho ou o seu jeito de falar!!!!!

Não quero julgar ninguém. Tão pouco sou uma mãe exemplar, que seja um "poço" de paciência. Eu também tenho meus dias de estresse, frustação, mau humor e TPM intensa. Mas quando percebo que estou assim me policio ao máximo em relação as atitudes que terei em frente a minha filha e também em como tratá-la (afinal ela não tem culpa do meu estado de humor e etc).

Porque se quero um mundo melhor, onde as pessoas se respeitem e tenham, no mínimo, educação uma com as outras, tenho que começar em casa, tenho que começar pela minha herança genética.

É muito triste ver como as pessoas estão cada vez mais individualistas e concentradas somente no que lhes interessam, sem se importar com os outros.

Apesar de toda complexidade que o assunto comporta, acho que um dos grandes fatores disso acontecer é a falta de educação, no sentido mais simples da palavra.

Comece em casa o que você deseja que seu filho tenha do mundo no dia de amanhã. Afinal, as crianças aprendem muito mais por exemplos práticos do que somente pela teoria.
Bjkas,


quinta-feira, 8 de julho de 2010

Como nossos pais?

É incrível acompanhar o crescimento dos filhos, percebendo as mudanças, umas mais visíveis, outras não.

A minha filha mais velha tem 7 anos e está crescendo assustadoramente. Não que eu queira encomendar da Tinker Bell, dúzias de potinhos de pó de pirlimpimpim, mas se vc não estiver preparado emocionalmente, novidades vindas dos amiguinhos de escola podem fazer vc perder o tino. Tá rindo, né? Segura essa: “Mãe, a senhora conhece o Justin Bieber?"

Gente, choquei!
Fiquei zonza por alguns minutos e saí tateando pela casa à procura do marido, para que ele me ajudasse nesse momento tão difícil. Absurdamente calmo e mostrando uma segurança que me deu inveja ele se mostrou interessadíssimo em conhecer o cantor teen do momento.

Passei dias pensando a respeito disso. A Bia está vivendo uma fase eufórica em estar sendo aceita pelos amiguinhos. Há dois anos, ela vinha sofrendo bullying na antiga escola e agora a sorte parece estar lhe sorrindo.

Super querida por todos, vive com agenda repleta de compromissos. E a cada um deles, vou revivendo o passado. Isso estava me angustiando muito, pois não achava justo dizer não a tudo que ela me pedia, mas me achava displicente como mãe dizer sempre sim. Sabe aquela crise existencial básica? De tanto conversar com as amigas a respeito, comecei a raciocinar sem estar presa aos conceitos da minha mãe.

Sempre quis retardar ao máximo a convivência, e, principalmente a influência dos pares na vida dela, simplesmente porque fui criada achando nocivos tais relacionamentos. Pois bem, chega um momento onde vc se vê obrigada a repensar suas convicções e reviver velhos traumas de infância e a partir dessas reflexões escolher que tipo de maternidade se quer exercer.

Olhando aquela carinha feliz, cheias de grandes novidades pra contar depois de uma festinha do pijama na casa da melhor amiga, optei em ser GENEROSA e compartilhar o mundo com ela e, sobretudo compartilhá-la com o mundo. Ó, como a vida é maravilhosa: ela te dá a oportunidade de fazer diferente. É só escolher!

Descobri que posse não significa zelo e que o amor vai além. Mais importante que a influência dos pares, é ter uma base familiar sólida, que dá suporte, que orienta, que acolhe.

E é esse tipo de mãe que sempre quis ser, a que encoraja a descobrir as maravilhas da vida e a que está de braços abertos para abraçar na chegada.

Agora o Justin Bieber tem três novos fãs: meu marido, minha filha e eu, que aprendi a dizer sim, sem medo de ser feliz.



Um sim da mamãe aqui, possibilitou a pequena a se aventurar numa escuna, com o tio que veio visitá-la, pelas fortalezas da ilha de Floripa. Uma aventura incrível.



Olha a carinha curiosa!!! A indignação veio ao descobrir que a ilha de Ratones servia como depósito de enfermos. Foi um passeio enriquecedor....pra nós duas!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Correndo mesmo deitada!

Segunda começou daquele jeitinho que com certeza toda mãe já viveu em algum dia da sua “santa” existência!


Às 2hs da madrugada a cachorrada da rua resolve latir desesperadamente e sem demora nossa vira-lata Glória bota a boca no mundo. Levanto! Dou uma olhada... Aparentemente tudo certo... Tento ignorar a sinfonia, pego no sono e de repente sinto o Tau invadindo a cama com seu travesseirinho, olho para o relógio, 3:30 me aninho nele, durmo de novo. 

Às 3:55 “ – Mãe, to com dor de barriga. Quero fazer cocô!” Lá vamos nós até o banheiro e biriri, bororó...aproveito, dou uma espiada nos e-mails, adianto o serviço da manhã, ele termina. Voltamos para a cama. Humm, delícia! Tem dias que minha cama parece ser o melhor lugar do mundo! Ele adormece, eu durmo... 4:20 desperta o celular do Rafa para ele remar, ele desliga, dorme mais um pouco e eu fico lá pensando na diarista que não vem mais, na faxineira que consegui e já me deu o bolo, nas camisetas para estampar, nos feltros para bordar, no meu dia de levar o Tau para escola, almoço, jantar, arrumação da casa, roupas para lavar, passar, dobrar, (aí...ainda não fiz a planilha, talvez me ajudasse nessa hora), na pequena reforma que precisamos fazer, no nosso aniversário de casamento que é quarta-feira (doze anos merece algo especial), nas férias do Tau que estão chegando... Olho a hora! Nossa! Preciso dormir, preciso dormir! 

Falaram no Globo Repórter que quem dorme pouco engorda! Pronto mais essa! Com essas míseras horas de sono vou acordar muito maior. Aff!!! As férias voltam a minha cabeça... Preciso organizar o tempo para conseguir dar conta, brincadeiras e receitinhas de férias, viagem... Tau acorda e pede para fazer cocô de novo, desta vez o meu corpo não responde, tá imóvel, acordo o Rafa e peço pra ele levar desta vez, os dois vão, brigam, se entendem e eu lá com a cabeça fervendo e o corpo paralisado de tão cansado! Penso no post e lembro que não terminei, mas também não estava achando bom, vou escrever outro!

E aqui estou eu, escrevendo este post, cheio de desabafos! Mas tenho certeza que faz diferença compartilhar com vocês este momento corro demais parada (afinal só a cabeça correu), pois saber que não é só conosco que acontece, de certa forma dá um alívio.

Mesmo que o humor no outro dia não seja dos melhores para ninguém da família, nós seguimos em frente dando conta, loucos que a noite chegue logo e o travesseiro desta vez seja só um travesseiro e não um balão de pensamentos como das histórias em quadrinhos!!

Abaixo algumas receitinhas que pensei em repetir com o Tau nas férias! Sempre faz sucesso com ele, pode fazer com sua turminha também! 

Polenta Assada
- Polentina
- Queijo parmesão ralado
- Orégano

Faça a polenta conforme as indicações da embalagem. Despeje em uma forma alisando com uma colher ou espátula, espere esfriar um pouco e corte vários formatos usando cortador de biscoitos. Depois coloque queijo ralado e orégano sobre as formas e leve ao forno até o queijo derreter. Deixe seus filhos cortarem as formas e colocar o queijo, eles vão adorar!


Brusqueta
- Azeite de oliva extra virgem
- 1 dente de alho descascado e cortado ao meio
- Pão francês integral
- Queijo minas ou mussarela
- Peito de peru ou chester
- Tomate cereja
- manjericão fresco

Corte os pães e esfregue o alho no miolo e regue com o azeite.
Acomode as metades de pão na assadeira, espalhe o queijo e o peito de peru por cima. Pré aqueça o forno a 180ºC e aqueça as brusquetas por cerca de 10 minutos ou até que o queijo tenha derretido.
Corte os tomates cerejas, misture o manjericão, azeite e sal a gosto. Assim que tirar as brusquetas do forno coloque os tomates sobre cada brusqueta e sirva em seguida. As crianças podem participar temperando os tomates e colocando sobre as brusquetas.
Hambúrguer ou Almôndegas
- Carne moída (bovina ou frango) - Aveia - Ovo - Gergelim - Temperos a gosto. - legumes e verduras para decorar
Misturar tudo até formar uma massa e moldar no formato que quiser.
Tomar cuidado para não deixar muito seca, caso aconteça coloque mais ovo. Prepare na frigideira bem quente com pingo de azeite.
Depois de pronto decore formando carinhas e monstrinhos.


Beijos, beijos