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domingo, 18 de julho de 2010

Momento certo de ter um filho, existe?


O instinto materno demorou um pouco a bater na minha porta, confesso. Meu primeiro plano sempre foi me formar, trabalhar, ter uma consistência boa na carreira, e aí sim pensar na vida pessoal. Já meu marido, praticamente desde que nos conhecemos, já falava de sua vontade de ter filhos (e eu fugia disso como o diabo foge da cruz).
Mas porque tanto horror à maternidade? Bom, acho que era medo. Medo de não saber ser mãe, medo de não ter condições financeiras, medo, medo, medo.
Mas quando o instinto aparece, e a gente mergulha neste mundo, aí vemos o quanto os medos se transformam. Sim, nada se cria, tudo se transforma.
Medo de não saber ser mãe??? Isso passa, porque no instante que aquele serzinho tão pequenininho e indefeso chega aos nossos braços, ahhhh.... parece que fazemos um “download” instantâneo do arquivo “cuidados com um recém nascido”.
Eu sequer sabia pegar um bebê no colo. Até então, eu segurando um bebê era uma imagem próxima a uma pessoa segurando uma sacola cheia de ovos. Eu chegava a ter dor no corpo todo de tão tensa.
Trocar fralda, amamentar, fazer dormir, etc etc etc? Nunca! Pensava, como trocar um monte de fralda de cocô? Que nojo! E um bebê acordando toda hora, não me deixando dormir??? (É, eu era bem boa de cama, dormir era meu lema) Então pra mim tudo isso fazia parte de um conjunto de coisas pavorosas, impossível de querer vivenciar.
Mas... enfim, a cegonha resolveu aparecer. E quando minha princesinha veio aos meus braços pela primeira vez, já éramos velhas conhecidas, eu sabia tudo. Sabia o que ela queria, sabia como fazer. Uma conexão total.
Então o medo de não saber ser mãe, ficou totalmente pra trás.
Tudo bem, passei por maus bocados. Tive depressão pós parto. Pra isso eu não tinha me preparado, foi o elemento surpresa que veio nesse pacote “A plenitude de ser mãe”. E foi muito, muito difícil. Mas enfim, depois da escuridão, o sol voltou. E até hoje me pego pensando como fui tola de imaginar que não seria capaz.
Ah, a parte financeira??? Não é fácil, lógico. Esses dias cheguei a uma comparação, não é muito poética, mas enfim.... ter um filho é quase como uma reforma da casa. Você imagina que tem condições financeiras, enfim. Planeja, e começa a fazer. Mas nunca vai ser o suficiente. E aí você corre atrás, sua a camisa, rala muito, e aí as coisas vão caminhando, no final a gente chega lá! Então hoje até penso que para ter um segundo filho, tenho que ter uma estabilidade financeira e tal, mas sabe... quando se fala em filhos, nada é estável. Nada mesmo! E tem sim, uma coisa muito linda e poética nessa história!
Nem o amor que sentimos por ele é estável. É crescente. É devastador. O amor que sinto por minha filha, simplesmente penso que não vai caber em mim. E a cada dia ele cresce mais e mais. Então, com uma força tão gigantesca trabalhando nessa relação de mães e filhos, como um dia pude pensar em ter medo?


6 comentários:

Dani Brito disse...

Rô, adorei!
Seu post é cheio de verdade!!! O medo, bom...ele vem sem ser convidado. E olha, senti esse medo duas vezes. No primeiro, medo de não saber ser mãe. Mal contava com o instinto. Algo tão forte em nossa natureza!
E no segundo, o medo era: será que vou dar conta? será que vou amar da mesma maneira? rs
Daí pude entender, aquela velha-frase-clichê: coração de mãe, sempre (SEMPRE) cabe mais um.

Tati disse...

Rô, amei!
eu antes de ser mãe, planejei, calculei, imaginei e decidi...mesmo assim bateu o medo até hj tenho alguns, mas ser mãe é assim, cada dia um medo, cada dia uma alegria!!!

Adorei a comparação da reforma...kkkk

bjs, bjs

Lulu disse...

Ro, arrasou! Ser mãe é sentir medo, mas se surpreender todos os dias!!
Bjos!

Carla disse...

lindoo, é isso aí, ser mãe é encarar desafiosssssssss, mas o prêmio é grandeeeeeeeeee!!!!
Parabéns, beijosssssssss

Carla disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mari Hart disse...

Lindo,lindo,lindo!!Me emocionou!