Por isso...

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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Retorno ao trabalho após a maternidade

Bom, na verdade não é um post de dicas, mas sim de desabafo.
Mas antes vou dar um resuminho pra ficar mais claro o que vou escrever.

Sou de São Paulo, me formei lá, em Publicidade, atuei na área, aí fui morar no Japão por um tempo, pra fazer um pé de meia com meu marido.

Ok. Ficamos lá 2 anos, e viemos direto pra Floripa, compramos nossa casa, e já estávamos tentando engravidar. Muito tempo se passou no total (mais de 2 anos desde o momento que parei de tomar antibb). Mas aí, tinha arrumado um emprego meia boca, e quando me enchi dele e resolvi sair, 15 dias depois descobri que estava grávida. Beleza, maravilha, estava esperando há tanto tempo, e o salário era tão baixo que nem pestanejei, vou curtir minha gravidez plena e bela.

O tempo voou, a barriga cresceu, a Isis nasceu, aí os cuidados com ela, enfim, tudo aquilo que já sabemos.
E esse ano, comecei mais ativamente buscar meu retorno ao mercado de trabalho.
Eu trabalho desde meus 17 anos... o que significa experiência profissional de 15 anos aproximadamente. Alguns destes, já na minha área de formação e os restantes em área administrativa. Bom, imaginei ter boas chances de conseguir algo bacana, com minha experiência, vivência no exterior, inglês e muita vontade de voltar a trabalhar. E afinal de contas, tinha passado apenas pouco mais de 1 ano parada.

Mas quem disse que foi assim? Milhares de currículos espalhados pela cidade. Alguns entraram em contato, mas a maioria acho que nem se deu conta do meu e-mail.
Destes que entraram em contato, grande parte era para telemarketing (não tenho nada contra a profissão, mas realmente não é minha praia – e já tentei muitas vezes). E uma outra parte, era algo de possivelmente bacana, mas nada falavam pelo telefone, só se eu fosse até lá conversar.

Bom, destas que decidi arriscar de conversar às cegas, tinha de tudo. Em sua maioria salários muito baixos. Mas nem tudo foi ruim. Tive propostas de vagas muito legais, salários bons e tal. Sempre fui até a fase final. E por que nada deu certo? Sei lá, a gente acaba sempre tentando achar um motivo. Em algumas vagas acho que o fato de ter uma filha pequena e não ter família por perto influenciou totalmente. Afinal, na área de Marketing/Publicidade, às vezes acontecem coisas que não dá pra ter um horário certinho de sair. E como eu faria pra buscar minha filha na escola? Meu marido está trabalhando e estudando. Ou seja, menos um ponto.
Uma ou outra vaga ficou bem claro que o motivo era esse. No momento da entrevista, quando fui questionada sobre a maternidade, a entrevista instantaneamente se resumiu a “Ótimo, vamos continuar o processo e entraremos em contato”.

Poxa, ser mãe reúne tantas qualidades e competências extras! Será que ninguém vê?
Então, o que pensar? O que fazer? Que rumo seguir?
Volto então a estudar pra concurso, onde minha vida pessoal não influencia na minha competência, e o que conta é totalmente meu esforço para conseguir passar.
Aliás, se alguém tiver alguma dica de como retornar ao mercado de trabalho pós-filho, me avisem, porque eu não sei.

Ficou com cara de mega desabafo, mas não é para tanto.
Eu retomei meus estudos, minha vida de concurseira, aliás, vou já encerrando o post que ficou bem grande para estudar!

7 comentários:

Tati disse...

Rô, é bem isso, voltar ao mercado de trabalho tradicional é bem difícil...por isso optei em criar a Tatibitati. Tenho horários flexíveis, mas tb é muito complicado. Às vezes o tempo que me resta para trabalhar é na madruga...mas vamos embora...sempre achamos uma saída, não é?
bjs, bjs

Tati disse...

Rô, é bem isso, voltar ao mercado de trabalho tradicional é bem difícil...por isso optei em criar a Tatibitati. Tenho horários flexíveis, mas tb é muito complicado. Às vezes o tempo que me resta para trabalhar é na madruga...mas vamos embora...sempre achamos uma saída, não é?
bjs, bjs

disse...

Ralar sempre, desistir, jamais!!!!

I Scream Ice Cream disse...

Ai Rô, não sabia q vc era publicitária... hehehe sempre pensei q vc era formada em direito.
Mas, oh...não sei se isso ajuda, mas as coisas aqui em Floripa são dificeis mesmo. Quando cheguei aqui fiquei surpreendida com a falta de estrutura da cidade em empregar.
Beijos

Dani Brito disse...

Ser mãe já bastaria em qualquer currículo. Não há qualificação melhor!

O tempo que me dei de presente para cuidar exclusivamente do Otto, acaba agora que ele vai pra escola e vou entrar nos concursos também. E assim como vcs, só poderei estudar nas folguinhas que tiver entre um banho e uma brincadeira.

Força aí, Rô. Nossa hora vai chegar! Bjos

Daya disse...

Rô, mais pura verdade! Nossa, também senti muito preconceito quando vltei ao mercado de trabalho após o nascimento da Maya. Em alguns lugares o preconceito ficava implícito, noutros era descarado!
E qto aos concursos, é isso aí, enfiar a kbça nos livros e..."yes, we can"!!!!!!!
bjs

Lulu disse...

Ro, amiga, eu sei que loguinho vc vai ser concursada e ser mãe vai ser mais uma característica, não um problema!
Bjos, querida!