Por isso...

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sábado, 7 de agosto de 2010

O vôo do passarinho



Ahá! Achavam que eu daria continuidade a aventura que iniciei aqui? Peço licença para abrir um parentêsis e contar uma coisa muito importante que me aconteceu.

Chega um momento em nossa vida de mãe, que precisamos entregar nossos filhos aos cuidados de um outro alguém.

É como parir de novo. Revive-se toda a ansiedade, a busca pela melhor opção e aí vem a dor da separação e o sorriso que vem em seguida ao corte do cordão umbilical, que reconforta o coração.

Antes mesmo de o Otto completar um ano, eu já dava como certa a ida dele à escola. Como ele tinha refluxo e era um bebê high need (que até então, eu desconhecia o significado), me consumia muito. Fora que por morar longe da família, não existia um só momento para chamar de meu! Eu era mãe full time.

Bom, do que eu reclamava mesmo? Voltando um pouco a fita, me vejo tendo que abandonar meu projeto amamentação exclusiva da Bia, quando ela tinha apenas quatro meses para voltar ao trabalho. E sonhava e desejava com todas as minhas forças não ter que trabalhar, pra curtir o desenvolvimento dela. E mais, quando ela tinha 1 ano e 3 meses, optamos por creche em período integral em detrimento a deixá-la com as babás que sempre, sempre me deixavam na mão.

Sofri muito e com um adicional: ela ia de transporte escolar. Tão bebê!!! E eis que a vida me acena com a possibilidade de me dedicar à maternidade do jeito que sempre sonhei. Fácil não é, mas quem disse que seria?

Pensamos e repensamos a situação e decidimos que o Otto só entraria na escola quando completasse dois anos. Sorte a minha! Sim, sorte. De poder acompanhar o seu crescimento dia a dia, de passar as tardes cheirando a respiração dele enquanto ele dormia; de poder pegar o solzinho no fim do dia, de poder assistir aos filminhos preferidos junto com ele; de abraçar, cheirar e beijar desmedidamente. Sem horários a cumprir. Não são todas que tem esse privilégio. O tempo é impiedoso. E o que passou, jamais voltará.

O primeiro dia dele na escola foi tranqüilo, afinal, estávamos preparados. E ele chegou como um veterano, tão seguro, puxando sua mochila de rodinha! Entrou na salinha e ainda cumprimentou: “Oi amigos!”

Logo foi sentando numa rodinha e ali ficou.....sem chorar, sem berrar e, de tão tranqüilo e tão feliz, não olhou para trás.

E eu ali num canto, orgulhosa, observando o vôo do passarinho.

8 comentários:

Tati disse...

Lindo! Dani
o Otto é um fofo mesmo e agora amiga, bora lidar com esse vazio, esse oco que ficará por alguns dias...mas não há nd melhor do que ver nossos filhos crescendo assim, tão seguros! é motivo de orgulho, não é não?
bjs, bjs

Karine disse...

Faço minhas as palavras da Tati... é bom demais ve nossos filhos, independentes, seguros, sinal de amor sabia?? Sim pq só os filhos amados sao capazes de crescer com segurança, sao capazes de enfrentar os pequenos e os grandes desafios da vida !!! Eu não sou mãe grude, vc sabe, e não ha nada que me deixe mais feliz do que quando vejo que preparei meu filho pra vida, não pra mim, mas pra vida que ela não brinca não...kkk..
Parabens amiga por ter criado dois filhos, em duas situações de vida completamente diferentes, eu sei, mas com o mesmo e enormeee amor!!

Daya disse...

Que lindo Dani!!!
Esse tempo que passamos com eles não tem preço mesmo e vale mais que a pena!!!!
Num mundo perfeito todas as mães poderia ficar com seus bebês até eles estarem preparados pra voar, né?
E o Otto, que fofo!!!!! Além da reação dele ser fruto do amor de vcs e dedicação, significa também que ele foi pra escolinha na hora certa. Parabéns amiga!!!!
bjkas

Nicole disse...

Ai...passa tão rápido....
Eu nem vou comentar pq ando sentindo muito essa coisa de filhos crescendo. Tem me dado uma agonia de ver que estãoc ada dia mais soltos, livres, independentes, parece q não curti tudo, que passou rápido demais. Já não tenho mais bebês em casa. Só tirando o fato de que Cadu ainda mama e usa fraldas, o resto, contando com a personalidade, já são crianças e não bebês.

Buááaá

Verônica Cobas disse...

Oi, meninas

Estou retribuindo a visita da Tati, mas comentando por aqui no post da Dani. Essas histórias de maternidade são tão incríveis..e tão iguais. Fiz o caminho inverso, Dani. Meu primeiro filho só entrei na escola com dois anos, justamente porque queríamos nos dedicar integralmente a ele. Eu só trabalhava meio período e dividi com ele todos os momentos, as conquistas, as quedas, os sorrisos. Quando Ana Luiza nasceu, e aí sim, uma menininha all inclusive, ou seja, chorava mais, exigia mais, tinha mais cólica, foi tudo tão grande, intenso, que para poder preservar o tempo que tinhamos com o João e não fazê-lo perder, só ganhar com a chegada da irmã, colocamos a Ana na escola com um ano e três meses. E sabe? Foi muito bom também. O que quer dizer que temos mais é que ter jogo de cintura e mente aberta para analisar cada situação e saber responder da melhor forma. Nem sempre completamente certo. Nem sempre completamente errado. Mas sempre com um bom pensamento.

bjss

Lulu disse...

Dani, viva vc: uma super mamãe, e viva o Otto: um super meninão!
Parabéns, amiga! Deixar voar dói um tiquinho, né?

Dani Brito disse...

Meninas, obrigada pelo apoio! Acho que todas as mães sentem igual.

Verônica, aqui minha história foi inversa a sua. O Otto que foi super intenso em tudo! E a Bia tranquila desde que nasceu...

Lu e Ni, dá sempre aquela dorzinha....sempre! rs

Beijos

Nina disse...

ah, Dani, passa tão depressa, não é?

Minha Fifi vai sempre em frente, nunca olha pra trás... São minhas as saudades do tempo que corre.

Bjo